Já imaginou contar com um espaço amplo, dentro do seu bairro, cheio de hortaliças cultivadas pelos próprios moradores? Essa é a ideia da Horta Comunitária Araçatuba G, projeto iniciado por dois amigos em Araçatuba Rodrigo e Maguila. Durante muito tempo, a dupla se dividia entre as tarefas profissionais e a manutenção do espaço que, inicialmente, era um terreno abandonado e cheio de resíduos descartados de forma ilegal. Com a ajuda de alguns vizinhos e amigos, a horta foi ganhando cada vez mais notoriedade na região, mas, por uma fatalidade, Maguila faleceu e o grupo acabou se desestimulando a dar continuidade ao projeto.
Quando a Fundação Alphaville chegou à região, identificou, por meio do seu mapeamento local, que o sonho coletivo da horta comunitária ainda se mantinha, O bairro de Elias Estefan tinha potencial para conseguir gerar renda extra para as 22 famílias que mantinham os canteiros no projeto e, a partir desse momento, a Fundação Alphaville se aproximou do grupo e, por uma definição coletiva, aplicou sua metodologia para o desenvolvimento de comunidades, chamada Convivência que Constrói. Foram realizadas seis reuniões de fortalecimento individual e coletivo, além do establecimento de objetivos e planos de ação para a obtenção de parcerias que pudessem potencializar a atuação do grupo.
Com apoio de um técnico voluntário da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Agroindustrial, o grupo participou de cursos e recebeu qualificações técnicas para otimizar o plantio, aprendendo como beneficiar o solo e compreendê-lo em sua totalidade. A área foi revitalizada por meio de um mutirão, que contou com o apoio de diferentes parceiros, e foi criada também uma nova sede, melhorando a infraestrutura e ampliando a convivência local. Com a reorganização, o grupo mobilizou importantes parceiros, conquistou divulgação regional dos serviços prestados e estabeleceu uma tabela com preços justos para os produtos oferecidos, o que que a horta fosse uma fonte de renda e alimentação de qualidade a um número ainda maior de moradores.
“Hoje sou o homem e a mulher da casa, então a produção aqui me ajuda bastante a complementar a minha renda mensal. Além das minhas faxinas, eu me dedico a vender os alimentos e também e tiro uma renda boa”. – Sinvalda, viúva de Maguila e pioneira na criação da Horta Comunitária de Araçatuba.
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